Dharma & Greg S2

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Casa nova, empregos novos, uma família a crescer. Marco importante na vida de um casal, o primeiro ano de casamento é sempre aquele tempo especial de descoberta, de alegria, quando o romance ainda está bem acesso e os momentos passados em conjunto trazem ainda muitas surpresas. Mas há medida que o tempo avança, as surpresas vão sendo cada vez menos, o romance dá lugar à rotina, e a alegria pode desvanecer. Felizmente em casa de Dharma (Jenna Elfman) e Greg (Thomas Gibson) a história é outra, e a segunda temporada traz mais vinte e dois episódios de boa disposição.

Pouco duradoura, a história do bebé adoptado por Dharma e Greg é uma das melhores histórias da temporada, não só pelas gargalhadas que traz à história durante “It Takes A Village”, mas também por ilustrar como o profundo fosso cultural que existe entre as famílias Finkelstein e Montgomery é facilmente superado quando se trata de cuidar de uma cuidar de uma criança. E se a família está sempre em destaque em todas as histórias, mesmo quando isso implica famílias criadas à pressão num momento de desespero, como no caso de Jane (Shae D’Lyn) e Pete (Joel Murray), a vida profissional acaba por estar também em evidência: das tentativas de Dharma para abrir um negócio a conseguir um cargo público, ao desespero de Greg por não se sentir devidamente apreciado no seu emprego, e mesmo ao regresso de Edward (Mitchell Ryan) ao activo em “Dharma Drags Edward Out Of Retirement”, todas estas são histórias divertidas e que permitem uma evolução das personagens.

Mas porque o forte da série continuam a ser os episódios de humor mais simples, momentos como a experiência de Dharma no baile de finalistas, o sótão assombrado, o tai-chi de Abby (Mimi Kennedy) e Larry (Alan Rachins) ou mesmo a relutância de Kitty (Susan Sullivan) em admitir o seu passado destacam-se numa temporada onde não houve um fio condutor mais relevante.

Qual a prova de um verdadeiro amor? Será o sacrifício, a mudança? Ou será, simplesmente, aceitar a pessoa amada, tal como ela é? Para “Dharma & Greg”, essa sempre foi a dúvida mais simples de resolver, aquela que, até agora, conseguiram ultrapassar.

Dharma & Greg S1

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Dharma Freedom Finkelstein (Jenna Elfman) é uma liberal professora de yoga, filha de pais hippies, que acredita que a vida é um local para experimentar sensações novas. Gregory Clifford Montgomery (Thomas Gibson) é um advogado do ministério público, filho de pais abastados, que acredita que as regras foram feitas para serem cumpridas.

Quando os dois se vêem pela primeira vez, o seu destino ficou traçado. Vinte anos depois, quando se voltam a encontrar, o primeiro impulso leva-os a casarem-se. Os problemas começam a surgir quando tentam juntar duas vidas tão díspares: se os pais de Dharma, Abby (Mimi Kennedy) e Larry (Alan Rachins) protestam contra a instituição do casamento, já os pais de Greg, Kitty (Susan Sullivan) e Edward (Mitchel Sullivan) estão mais preocupados em manter as aparências. E quando nem os melhores amigos Pete (Joel Murray) e Jane (Shae D’Lyn) os querem apoiar, a vida não parece fácil para os dois recém-casados. Mas quando o destino junta duas pessoas, não é fácil separá-las, e Dharma & Greg conseguem superar todas as expectativas.

Esta sempre foi uma das minhas sitcoms favoritas, se bem que uma das mais elusivas: de todas as vezes que deu na tv, nunca consegui apanhar o primeiro episódio. Mas desta vez não escapou, e os episódios da primeira temporada já foram todos devorados.

Se gosto muito de ver séries novas, também adoro relembrar outras mais antigas, e foi óptimo rever todos estes episódios: ver o primeiro encontro entre os dois, as primeiras guerras familiares (com a minha personagem favorita, a Kitty), as primeiras confusões com os amigos… ai, deu-me cá uma uma sensação de melancolia pelos primeiros tempos de inocência desta série. Pena que a série nunca tenha tido um final decente, mas enfim… resta saber quando lançarão as restantes quatro temporadas.