Shark S1

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Há personagens que fazem séries. Há actores que marcam. E há séries que valem pelas personagens. Não é o caso de Shark.

James Woods é um grande actor, isso é um facto incontestável. E numa época em que está na moda os actores de cinema passarem uma temporada no pequeno ecrã, não era uma oportunidade que Woods fosse perder. Infelizmente, não me parece que Shark seja esteja à medida dos seus talentos. Sim, a personagem de Sebastian Stark, um advogado de defesa corrupto que regressa às teias do Ministério Público em Hollywood depois de uma crise de consciência é uma mais valia da série. Infelizmente, não parece suficiente para fazer render a história.

O tema está mais que batido, e as histórias independentes não ajudam ao entusiasmo pela série, mesmo que por vezes se assistam a algumas surpresas, como é o caso do episódio final da temporada. Já as personagens secundárias, são do mais cliché possível: a filha ingénua que vai cair em tentação (Danielle Panabaker), Jessica Devlin, a chefe/elemento de tensão sexual interpretada por Jeri Ryan, os advogados inexperientes Madeline (Sarah Carter), Casey (Sam Page) e Raina (Sophina Brown), que procuram um mentor… etc etc etc…

A falta de entusiasmo é tanta que nem mesmo um falecimento inesperado consegue trazer alguma emoção real à série passando, pelo contrário, 22 episódios a contar as vezes que Julie faz beicinho e a repetir “Resistance. Is. Futile” cada vez que Jessica surge no ecrã.

De qualquer forma, a série sempre dá para passar o tempo, proporciona um bom tema de fundo enquanto se lava a loiça e arruma a cozinha e permite esclarecer finalmente um dos grandes mistérios do universo: não é a Jeri Ryan que fala à Borg. Os Borg é que falam à Jeri Ryan! 😉