Terminator: The Sarah Connor Chronicles S1

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The machine is out there. It can’t be bargained with. It can’t be reasoned with.
It doesn’t feel pity, or remorse, or fear. And it absolutely will not stop, ever.
Until you’re dead.

Numa época de inúmeros remakes, reinvenções, spin-offs e sequelas, há que ter medo de mexer num universo há tanto estabelecido como este do Exterminador Implacável. Mas, por vezes, uma boa ideia e coragem para a trabalhar são suficientes, e Terminator: The Sarah Connor Chronicles prova ser uma boa aposta.

Dois anos depois dos eventos de T2: Judgment Day, encontramos uma Sarah Connor (Lena Headey) sempre em fuga, perseguida por visões de um futuro apocalíptico que não a deixam descansar em paz. Mas quando a calma passageira é interrompida por mais um ataque à vida do seu filho, John (Thomas Dekker), está na hora de parar de fugir, e virar o ataque contra o agressor. Com a ajuda da nova exterminadora enviada do futuro, Cameron (Summer Glau), Sarah e John vão mais uma vez tentar parar a impiedosa Skynet, viajando no tempo até 2007, ano da construção do supercomputador. Mas fugir do passado não é fácil: com o agente do FBI James Ellison sempre à espreita (Richard T. Jones) e o implacável Cromartie (Owain Yeoman/David Kilde) convicto da sua missão, Sarah vai ter de continuar a lutar pelo futuro da humanidade.

Novos actores em personagens já estabelecidas, viagens no tempo e alguns problemas de continuidade poderiam ter marcado negativamente esta série, mas a verdade é que Terminator: The Sarah Connor Chronicles consegue apresentar uma história interessante e, tal como se tinha proposto, explorar as vivências de uma das personagens que mais marcou a história. Não conseguindo superar a grande actuação de Linda Hamilton, Lena Headey mostra-os, no entanto, uma Sarah Connor ao mesmo tempo perigosa e introspectiva, decidida e reticente, disposta a tudo para salvar o seu filho. E se, por vezes, é preciso grande esforço para não desejar que os exterminadores consigam finalmente apanhar o John, já a presença de Summer Glau consegue fazer jus ao antigo T-101, ao mesmo tempo que nos deixa em dúvida sobre o verdadeiro papel de Cameron em toda esta história.

Não deixando de homenagear constantemente os dois primeiros filmes que criaram a mitologia do universo, recordando personagens marcantes como Enrique em Gnothi Seauton, Taryssa Dyson em The Turk e Dr. Silberman em The Demon Hand ou imagens famosas como a mão solitária, a perseguição do T-1000 ou o disfarce de polícia, Terminator: The Sarah Connor Chronicles consegue também elevar a fasquia ao criar novos mistérios e personagens, mostrando que há ainda muito para explorar dentro deste universo. Se a surpresa de ver um Brian Austin Green longe das mansões de Beverly Hills é desconcertante, não há dúvida que a sua entrada em cena em Queen’s Gambit e Dungeons & Dragons marca o melhor período da série.

Vítima da greve que assolou Hollywood, o final abrupto da primeira temporada em What He Beheld não satisfaz plenamente, deixando-nos com tantas dúvidas quantos os corpos dentro da piscina. Esperemos que os restantes quatro episódios sejam acrescentados a uma segunda temporada ainda por confirmar, permitindo que esta grande série continue a crescer.

7 thoughts on “Terminator: The Sarah Connor Chronicles S1

  1. Interessante ler a tua opinião. Para mim a série tem altos e baixos, com os altos centrados, essencialmente, nas duas actrizes: Headey e Glau.

    Ao contrário de ti não gostei da aposta no Brian Austin Green e, muito menos, dos “flashbacks” para o futuro. Acho que, a existirem, poderiam ser muito melhores. Muito ruído de fundo, na minha opinião.

    Já o ultimo episódio (nº 8+9, em quase duas horas), achei-o bastante bom. Aliás, gosto do desenvolvimento paralelo entre a linha Sarah Connor e a do FBI.

    Estou curiosa para ver onde vai parar… Tal como espero que o Dekker se torne um actor mais capaz e que a sua personagem tenha melhor desenvolvimento do que teve até ao momento (a desculpa de que é um adolescente não pega).

    Verdade seja dita, sem a Lena Headey e a Summer Glau, provavelmente eu não seguiria a série. Elas são excelentes.

  2. Também eu fiquei surpreendida por ter gostado da personagem do BAG – especialmente pela família da sua personagem.

    A imagem final, dos corpos a cairem na piscina foi muito boa, só continuo sem perceber o que irão fazer à história até agora desenvolvida com o FBI. Provavelmente teríamos a resolução nos 4 episódios que não chegaram a produzir – espero que as notícias de uma nova temporada se confirmem.

    E sim, a Summer Glau está excelente. Apenas há pouco tempo vi Firefly, e realmente a rapariga tem talento. “I call shotgun. I call 9 milimiter”

  3. Sim, sim, vale. Vi a primeira vez na sic radical, mas só quando vi os episódios pela ordem correcta em dvd é que consegui gostar. Tem o típico humor do Joss Whedon – só por isso vale a pena. 🙂

  4. Firefly é uma das melhores séries de Sci-Fi que existe! Aliás, Serenity também o foi e tudo devido a esse magnífico western espacial!

    Quanto a este série, concordo em absoluto contigo. Foi preciso ter coragem, para “quase” negar a existência do terceiro filme. Aliás, há algo que me consome nesse capitulo. Se eles acabam por viajar no futuro, onde é que anda o John desse tempo? E porque é que o Cromartie só vai atrás do que veio do passado?

    Quanto a Brian Austin Green, também concordo contigo! Primeiro estranha-se, depois entranha-se! Como diria o grande Fernando Pessoa. Vejamos o que traz a segunda temporada!

  5. Olá Ricardo! E todos os demais =)

    “Se eles acabam por viajar no futuro, onde é que anda o John desse tempo? E porque é que o Cromartie só vai atrás do que veio do passado?”

    Fiz essa mesma pergunta enquanto escrevia a review do 2º episódio – http://hotvnews.wordpress.com/

    Se pensares mais um pouco na questão vês que não tem sentido. Se ele veio do passado para o futuro não poderia existir no futuro. A mesma pessoa só se pode encontrar frente a frente quando a viagem é do futuro para o passado. Se é do passado para o futuro a pessoa deixa de existir no passado e passa para o futuro. Simples?

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