The West Wing S1

Que The West Wing era uma série boa já toda a gente sabia. Até eu ouvi falar dela dos tempos em que dava a altas horas na sic, mas sinceramente, estar à espera horas infinitas para ver uma série sobre política americana não me atraía muito. Política em geral não é um tema interessante, e quem foi obrigada a escrever um relatório sobre o sistema eleitoral americano ainda lhe fica com mais pó. Mas enfim, é preciso dar o braço a torcer. Esta série é uma grande série.

Depois de ouvir certas pessoas a referirem a série até nos seus votos de casamento (you know who you are), resolvi arriscar e arranjar a primeira temporada. Mas com outras solicitações, foi ficando para trás, até ao fatídico dia em que descobri Studio 60 on the Sunset Strip e tive de ir conhecer mais do autor que estava por detrás dessa série excelente. E se em Studio 60 vemos um Sorkin que continua em grande forma, em The West Wing mostrava já o seu grande forte: histórias bem elaboradas, personagens fortes, grande casting (Martin Sheen é o Presidente dos EUA) e um sentido de comédia que nem todos possuem.

Em The West Wing assiste-se à vida na zona mais importante da Casa Branca: por entre manobras políticas, conferências de imprensa, jantares de negócios e embates contra a árvore do jardim, vamos ficando a conhecer não só as personagens mas também um pouco da história actual americana. Exemplo disso vê-se logo nos primeiros momentos da série, com o desenvolvimento da notícia do embate do presidente Bartlett contra a árvore, revisitando os mesmos eventos que se passaram com outro presidente americano.

Mas se a relação das histórias com a vida actual é excelente, o que mais surpreende nesta série é o seu sentido de comédia. Estando este geralmente a cargo das maravilhosas interacções entre Josh Lyman (Bradley Withford) e Donna Moss (Janel Moloney), é engraçado ver como mesmo nas situações mais estranhas conseguem fazer-nos rir. Da C.J. (Allison Janey) ao Sam (Rob Lowe), do Toby (Richard Schiff) ao Leo (John Spencer), todas as personagens conseguem ter diálogos magníficos, o que só prova que ainda há bons escritores.E depois de um final espectacular, não há como resistir e ir procurar spoilers para ver o que se vai passar a seguir. Deixarem uma pessoa assim não se faz. Enfim, resta-me dizer ao Z. que tem muito bom gosto nas séries que escolhe. E que deixem lá outras séries que já perderam a piada (GG, anyone) e dediquem-se mas é a acabar de ver esta.

4 thoughts on “The West Wing S1

  1. Mais uma que se converteu à Igreja de Sorkin, miuda tu estás no bom caminho, vais ser grande. Esta série está no meu top 3 de sempre, é um espectaculo, se achaste o final da s1 excelente espera pelos dois primeiros eps da season 2, brutalidade excelêntica.

  2. Só me falta a 7ª série (que já vi) para a ter nas caixinhas originais. As primeiras 4 séries são do melhor que se fez, faz e fará em tv. Os últimos dois episódios da 4ª série são excelentes, e uma boa supresa de Sorkin. Não seria o que estávamos à espera, nem em termos narrativos, nem em formato.
    Studio 60 é uma das minhas dores, com tanta série dispensável, de má qualidade, como deixer morrer Studio 60?
    Abraço

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